quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Tratamento de água em navios

Por Tiago Dias - site www.tratamentodeagua.com.br
A busca por navios não poluentes

Derramamento de óleo, emissão de gases nocivos à saúde e efluentes a bordo: estes são alguns dos poluentes que os transportes marítimos podem emitir. Com legislações ambientais mais rígidas, segmento busca normalizar condições dos navios

Dentro de transportes marítimos, há a contaminação por resíduos como águas gordurosas provenientes de cozinha, lavanderias, banheiros e drenos (conhecida como águas negras e águas cinzas); por partículas derivadas da incineração de lixo (onde emite-se CO e CO2); o próprio lixo sólido (na maioria resíduos orgânicos) e derivações da limpeza dos tanques.
Através dos motores e equipamentosAlém dos resíduos gerados do lixo, há a poluição através dos Acionadores Principais (motores diesel, turbinas a gás, caldeiras, entre outros) e os Sistemas de Geração de Eletricidade (motores de combustão auxiliares e turbogeradores a gás). Dentro de uma embarcação, há preocupação para se trabalhar com os melhores sistemas de motores, direção e manufatura de guinchos. Sistemas de refrigeração são desenvolvidos para a passagem de manufaturados gasosos e sistemas hidráulicos e geram soluções insubstituíveis em condições de dificuldade. “As emissões em serviço dessas máquinas compreendem diversos óxidos, tais como COx (monóxido de carbono em particular), NOx (dióxido de nitrogênio, em particular), SOx (trióxido de enxofre, em particular) e hidrocarbonetos não-queimados”, explica Elson Ferreira Machado, Engenheiro da área de projeto de sistemas ambientais do CPN - Centro de Projetos de Navios da Marinha do Brasil, criado para cuidar da tarefa de projetar uma nova classe de navios e submarinos para utilização militar.Para se ter idéia, esses são os gases mais difíceis para obter a redução de sua emissão, além do dióxido de carbono CO2, principal gás na queima de combustível e principal vilão para o meio ambiente, colaborando para a radical mudança climática do planeta. Poluentes como esses fazem parte de uma lista imensa de gases nocivos. Filtros automáticos são normalmente localizados em módulos de impulso, geralmente a certa distância do motor. Nas aplicações marinhas futuras o espaço do motor será cada vez mais crítico e o sistema desenvolvido necessitará de filtros cada vez mais compactos e livres de vazamento, segundo informações da Parker-Hannifin que, em parceria com a Racor, fabrica filtros para transportes marítimos. Por causa das ramonagens, limpeza dos tubos da fornalha de uma caldeira, há lançamento de resíduos de combustão também, assim como Emissões pelos Tubos Telescópicos, Madres do Leme e Madres das Aletas estabilizadoras, como esclarece Eng. Elson. “Essas emissões são fugas dos lubrificantes usados nesses itens. O projeto de lubrificação, normalmente prevê pressão positiva nesses itens, de forma a garantir que na eventualidade de uma deficiência nos selos associados, a água do mar não venha a ingressar e contaminar o sistema. O problema é que quando esses selos se danificam, o meio ambiente termina contaminado”, explica.Filtros duplos foram desenvolvidos para garantir a operação contínua do direcionamento do motor e lubrificação dos sistemas, como especifica a Parker-Hannifin. Tal produto operado a 200 bar garante a operação contínua em sistemas de alta pressão. O filtro costuma ser uma ótima escolha para sistemas de pressão até 40 bar. Para sistemas de baixa pressão há outros modelos que podem ser especificados, com Elementos Filtrantes de Baixo Impacto no Ambiente - elementos a fim de reduzir o desperdício a bordo. Em qualquer tipo de embarcação há uma extensa lista de filtros utilizados: alguns exemplos são os filtros tipo cesto-simples, filtros tipo cesto-duplo, filtro tipo caixa de lama, sistema de refrigeração de óleo, separação de óleo/água (podendo ter compressor a ar) e filtros de auto-limpeza.João Francisco, do Estaleiro Aliança, empresa que constrói alguns tipos de embarcações à margem da Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro, comenta a importância dos filtros: “Eles são utilizados para prote ger os equipamentos de impurezas e podem ser de aço ou bronze, dependendo evidentemente do diâmetro, do fluido e classe de pressão. O elemento filtrante normalmente é de aço inox.”

Tratamento dos óleos e graxas
Conforme o Anexo I da MARPOL, vários métodos são utilizados para separar o óleo da água das praças de máquinas em navios: Gravitacionais (diferença de peso específico / densidade), Centrífugos – hidrociclones, Coalescedores com módulos de membranas de ultrafiltração, turbo-separador, etc.O óleo por si só está em diversos pontos dos transportes marítimos, inclusive se houver vazamentos eventuais, derramamento de óleo, manobra errada das válvulas ou falha no processo de recebimento e transferência do óleo. Mas o melhor método de serparação água/óleo dentro de um navio é a flotação por ar dissolvido ou floco flotação (FF).

Solução Aquaflot
A Aquaflot desenvolve pesquisas nessa área com resultados eficientes já comprovados. Uma ETAR 1500 instalada em uma embarcação, tem capacidade para tratar 1500 L/hora de água contaminada com óleos e graxas. A grande vantagem dos processos de flotação é a reduzida área ocupada. Isso é possível por possuir uma taxa de aplicação muito elevada. Taxa de aplicação é medida em m/hora; ou seja, é a quantidade de metros cúbicos tratados em uma hora por uma unidade de área. Isso quer dizer que o processo de flotação é muito rápido e que permite ocupar uma área bastante restrita e mesmo assim com grande capacidade de tratamento.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Indústria discute o uso da água e sua gestão no Brasil

Indústria discute o uso da água e sua gestão no Brasil

Por Denise Caputo, da ANA

Usuários de recursos hídricos do setor industrial reúnem-se nos dias 7 e 8 de outubro em Brasília, para discutirem a participação do segmento na implantação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh) e a implementação dos instrumentos de gestão. O encontro é uma realização da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com o apoio da Agência Nacional de Águas (ANA).

Na programação, estão discussões sobre o Singreh, o setor empresarial no Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), o processo de implementação da cobrança pelo uso da água, entre outros. Além disso, será apresentada a experiência de quem já paga pelo uso da água nas bacias dos rios Paraíba do Sul e Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).

Para participar, envie um e-mail para e-cpaiva@cni.org.br, informando nome completo, empresa/entidade, cidade e estado, telefone fixo e/ ou celular.

Serviço
1º Encontro dos Usuários de Recursos Hídricos da Indústria
Quando: 7 e 8/10
Onde: Confederação Nacional da Indústria, SBN Quadra 1, Bloco C, Ed. Roberto Simonsen, Auditório S1, Brasília/DF

Retirado do site: http://envolverde.ig.com.br

(Envolverde/ANA)